Cansado de ver tantos sofrimentos, um poderoso
deus decidiu castigar Hoan-Lan e como castigo fez a volúvel jovem se apaixonar
perdidamente pelo formoso Mun-Say, sem que esse lhe prestasse a mais pequena
atenção.
Desesperada pelo amor de Mun-Say, Hoan-Lan procurou
o deus da montanha de Tan-Vien e implorou-lhe ajuda, mas este estava tão
zangado com a atitude da jovem, que a mandou embora. Na saída da gruta,
Hoan-Lan encontrou uma bruxa de pés de cabra que ofereceu vingança contra o seu
amado em troca da alma da jovem. Perdidamente apaixonada, aceitou o pacto e a
bruxa fez um feitiço com a folha de palmeira e enterrou-a depois de pronunciar
umas palavras desconhecidas.
Passado alguns dias, Hoan-Lan viu seu amado Muy-Say
de longe e correu a seu encontro, mas quando se preparava para abraça-lo, o
jovem rapaz transformou-se numa árvore de ébano.
Chorando muito junto ao amado, ali ficou
durante muito tempo até que despertou a compaixão de um deus que, colocando o
dedo na testa da moça, a perdoou, transformando-a numa flor antes que a bruxa
lhe retirasse a alma. No entanto, concedeu que jamais se separasse de seu
amado, vivendo da seiva da árvore.
E foi assim que apareceu a primeira orquídea.

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